segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cinco anos

É verdade que foi tudo uma mentira?
Você nunca me amou?
E por 5 anos acreditei numa ilusão...
Não sei mais o que escrever
O amor está fugindo do meu ser
O meu sorriso se apagou
Só enxergo a escuridão
O brilho do seu olhar
(aquele olhar que sempre amei,
o dono do olhar
que muitas vezes delirando chamei)
Vai se distanciando do meu coração
Vai me dizendo adeus
Vai me partindo em vão...
Olhos que me abandonaram
Olhos que nunca me viram
Olhos que nunca me amaram
Que nunca me vêem
e eu me vejo agora
outra vez de você fugindo
Para bem longe
onde não possa mais me alcançar
A dor vai dominando este ser ferido
que a muito está cansado
e eu vou chorando
regando as rosas que secaram
Rosa branca, Rosa vermelha, Rosa seca
Agora sou eu que perco a vontade
de rimar os versos das entrelinhas
de fazer poesia
Perdi a rima
Não sinto mais os pés tocar o chão
Não sinto mais as minhas mãos
pegar a pena que me mantinha viva
quando eu parava e escrevia pra você o que eu sentia...
23 anos...
e ao inverter os números lá está você!
Como posso assim me esconder?
Saudade, por que me atormenta?
Sou-me ausente
na saudade que se dissipa
e me incita...
Tudo em mim se apaga
A memória de você
O ponto final sem fim
Porque a verdade
é que vou lhe amar pra sempre
mesmo sem lhe ter
mesmo sem você
espaço vazio...
Quanto mistério há dentro de mim
que só aumentou desde o dia em que partiu
E o “nunca” entra na cena...
Nunca vou lhe esquecer
Nunca vou deixar de lhe amar
Mas estarei sempre longe de você...
Você que me deixou dizendo “me” amar...
O paradoxo!
Você, que simplesmente “não” me amou
minhas lágrimas não secou
e me partiu em tantas peças
que o quebra-cabeça virou labirinto...
Instinto de amor perdido
Sim, eu me perdi...
E meus atos contradizem
minhas palavras
A verdade é que não sei cuidar de mim
Como posso sozinha prosseguir?
Precisei tanto de você...
(Durante tanto tempo, mas você “nunca” voltou)
E agora, agora me determinei a lhe esquecer
A não o olhar mais, mesmo de longe
A me entregar a outros braços para me aquecer
do frio que você deixou em mim...
Eu, que já nasci no inverno
Inverno era quando você me deixou
O amor que deveras ter sido eterno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário