segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nunca mais criança

Escrevi num pergaminho
Minha inconstância
De quanto eu gostava de carinho
De bichinhos de pelúcia
De escrever no meu diário
De abraçar o travesseiro
pra chorar
De leite achocolatado
antes de dormir
De ficar debaixo do chuveiro
quase um dia inteiro
até as mãos enrugar
De cantar desafinadamente
De ganhar presente
e sorrir
Mas vem o tempo
e leva de nós a infância
Só que eu
não tenho vergonha de falar
que ainda gosto de tudo
na mesma intensidade;
Que aquela menina
não ficou na saudade
Ainda por tudo se fascina
Ainda existe em mim
E eu ainda sonho,
ainda tenho a esperança
como a vontade do sem fim!
Mas sei
que nunca mais
voltarei a ser criança...

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