Nada mais que palavras: Não tenho

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Não tenho

Sem teus olhos
Não tenho inspiração

Sem tua voz
Não tenho palavras

Seu teu abraço
Não tenho refúgio

Sem teu amor
Não tenho vida

Sem ti
Encontro-me perdida.

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Prefácio

A vida vai muito além das letras, das formas, das aparências. O que há por trás das palavras? O que há por trás do concreto do mundo? Andressa Le Savoldi, humildemente, intitulou este livro de “Nada mais que palavras”. Digo “humildemente” porque esta obra vai muito além das palavras; ela toca o coração do leitor! De fato, a verdadeira inspiração vem do Universo, da inteligência maior, da alma onde se encontra Deus, e é capaz de tocar as profundezas de quem interage com um livro.
Através de um belíssimo depoimento, nas últimas páginas, é possível perceber que Le Savoldi procura explorar novos trajetos que levem à evolução pessoal e profissional. Mesmo com todas as adversidades que um escritor enfrenta, a autora mantém aquilo que é essencial: A perseverança.
“Nada mais que palavras” é o resultado dessa fé e amor pela arte da escrita. Composto por poesias de diferentes temáticas, o leitor tem a oportunidade de acalentar a alma com trabalhos que ora inspiram nostalgia, reflexão e introspecção, ora inspiram amor, fé e esperança.
Os poetas – arquitetos das palavras – vêem além; são as pontes que unem o mundo visível ao mundo invisível; traduzem em palavras aquilo que muitas vezes parece inenarrável. “Nada mais que palavras” é uma ponte, um grito da alma do poeta, a música celestial dos anjos, um convite para o leitor conhecer um pouco mais da escritora Andressa Le Savoldi.

Nathalia Wigg
(Escritora, poeta, colunista. Autora do livro Essência Azul- O sagrado caminho das estrelas. Site: www.nathaliawigg.com.br)

Pequena introdução

A poesia apenas nasce porque existem as palavras, são elas que a formam e depois a nomeiam poesia.
Poesia essa cuja natureza sentimental envolve o sujeito em cenas diversas com variados elementos: amor, tristeza, morte, vida, Deus, infância...
Poesia que “escreve em pergaminho a própria inconstância ao lembrar-se dos gostos de criança”.
Poesia que ama incansavelmente ao retratar o amor como um sentimento que “faz da brevidade a verdadeira eternidade”.
Poesia que acredita que “Deus trará a justiça que ainda não se viu”.
Poesia que muitas vezes está tão carregada de sentimentos que “implora ao tempo o amor apagar antes que se acabe dela o ar”.
Poesia que tende a durar além da morte, pois “percorre quando o poeta morre”.
Poesia essa que “guarda os sonhos numa caixa” quando já não resta mais nada. Nada mais que palavras...